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O preocupante aumento do número de jovens com câncer

Apenas 39 anos e um diagnóstico que chamou a atenção da mídia do país inteiro. A condição de saúde do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, reflete muito mais que uma luta pessoal. Ela escancara uma realidade preocupante: o número de jovens com câncer cresce e coloca os especialistas em alerta.

Até pouco tempo atrás, o câncer era uma patologia geralmente associada à terceira idade. Inclusive, havia a crença de que o aumento dos casos dessa doença era uma consequência natural da longevidade: com mais anos de vida, as chances de células anormais se desenvolverem se tornariam (em tese) muito maiores.

Porém, o aumento recente dos casos de jovens com câncer contraria essa ideia. Afinal, o que está por trás dessa estatística tão preocupante? Falaremos sobre esse tema neste artigo. Confira!

Jovens com câncer: uma realidade preocupante

Desde 1997, especialistas monitoram o aumento do número de casos de câncer entre a população com idades entre 20 e 49 anos. Se antes eles pouco apareciam nas estatísticas, em 2016 essa situação mudou.

Houve um aumento de 8,8% dos casos de jovens com câncer de tireoide. O câncer de próstata registrou crescimento de 5,2%. Na região de cólon e reto, o percentual de aumento é de 3,4%.

A princípio, esses números não parecem tão preocupantes. Afinal, nenhuma das porcentagens passa de dois dígitos. Porém, eles revelam mais que uma estatística, e sim uma tendência. O próprio câncer diagnosticado em Bruno Covas, que surgiu na cárdia (válvula entre o esôfago e o estômago), costuma aparecer geralmente em pessoas acima de 55 anos.

Esse aumento afeta diretamente os índices de mortalidade. Na população entre 15 e 29 anos, essa é a segunda principal causa de morte no país. Nessa faixa etária, essa doença só perde em letalidade para causas externas, como acidentes e violência.

Essa situação tem deixado médicos em alerta. Eles comentam o fato e ressaltam que as causas dessa antecipação do câncer são bastante conhecidas. A principal é a adoção de hábitos pouco saudáveis, especialmente entre as pessoas que vivem em grandes cidades.

Os fatores que mais concorrem para o diagnóstico de jovens com câncer esofágico, como o do prefeito, são o tabagismo e alcoolismo, quadro de refluxo gastroesofágico, além do aumento no peso médio das pessoas. Aliás, o excesso de gordura corporal aumenta o risco do surgimento de muitos outros tipos de câncer, como já destacamos em outro artigo sobre a influência da obesidade nessa patologia.

O Instituto Ongoguia, que há 10 anos divulga conhecimento para que as pessoas saibam como prevenir o câncer e detectá-lo precocemente, divulgou uma lista dos tipos de câncer mais comuns em jovens adultos. Confira na tabela a seguir:

Câncer na juventude: é possível evitar?

Existem fatores genéticos que predispõem a pessoa ao surgimento do câncer. No entanto, as pesquisas mostram que, na maioria das vezes, a herança genética é apenas uma, e não a causa principal dos tumores. Segundo eles, o estilo de vida do século XXI, especialmente nos centros urbanos, é o grande responsável pelo problema.

O fato é que a alimentação está cada vez mais industrializada e menos saudável. Desembalamos muito e descascamos pouco. Os alimentos contêm concentrações altas de sal, açúcar e gordura, além de diversos outros aditivos químicos que nem mesmo conseguimos identificar. Ingerimos calorias em excesso, mas sofremos com a carência de nutrientes.

Além disso, precisamos destacar que o sedentarismo é outro fator que contribui para o aumento dos casos de câncer. Isso inclui a população mais jovem. A prática de atividade física tem a capacidade de ativar ou desativar genes, inclusive aqueles que nos predispõem ao desenvolvimento de determinadas doenças.

O tabagismo e alcoolismo também são fatores que contribuem para o aumento do número de jovens com câncer. Sabe-se que, embora esses hábitos sejam socialmente aceitos e até mesmo incentivados, eles estão associados ao surgimento de diversas doenças, inclusive aquelas que mais matam no Brasil.

Ao contrário do que as pessoas imaginam, apesar de toda a informação disponível, o número de jovens que fumam e bebem tem aumentado nos últimos anos. Atualmente, a idade média da primeira experiência dos adolescentes (ou crianças) com o álcool está em torno dos 12,5 anos.

Outra tendência preocupante está relacionada ao tabagismo. Na população adulta, o número de fumantes está caindo. Porém, entre os jovens de 18 a 24 anos, o percentual de fumantes aumentou de 7,4% em 2016 para 8,5% em 2017, o que levou ao Brasil ao mesmo patamar de seis anos atrás.

Finalmente, não podemos nos esquecer de que a conduta sexual é um fator de risco para o surgimento de alguns tipos de câncer, como o de colo de útero. A adesão precoce às práticas sexuais, ainda mais sem os devidos cuidados, também influencia no aumento dos diagnósticos.

Jovens com câncer: qual é a influência da genética?

As pesquisas têm mostrado que a carga genética não é um fator preponderante para o desenvolvimento do câncer. Essa é uma ótima notícia pois, como sempre destacamos em nosso conteúdo, não temos o menor controle sobre os genes que herdamos. Por outro lado, mudar os hábitos e adequar o estilo de vida depende unicamente de nossas decisões.

Como a Dra. Abigail Ballone, certificada em Medicina do Estilo de Vida destaca, “a carga genética é como uma arma. Ela existe dentro de nós e pode nos matar. Porém, são os nossos hábitos que carregam essa arma e acionam o gatilho. Portanto, nosso destino é muito mais definido pelas nossas atitudes que por uma herança genética”.

Em concordância com esse conceito, o Dr. Benício Pereira, diretor médico da Clínica & SPA Vida Natural, também afirma:

“DNA não é destino. Atualmente, uma área de estudo que está conquistando a atenção das comunidades médica e científica é a Epigenética. Ela nos mostra como nossas escolhas podem promover alterações no curso da genética e permitir que tenhamos longevidade, saúde e qualidade de vida”.

Nesse contexto, o conhecimento do histórico familiar de câncer funciona como um alerta, e não como uma sentença. Ou seja, quando o jovem sabe que seus pais, avós ou tios já desenvolveram essa doença em algum momento da vida, esse é um motivo a mais para cultivar hábitos saudáveis e se precaver contra possíveis problemas no futuro.

A melhor forma de evitar o câncer, tanto em pessoas jovens como de mais idade, é a manutenção de um estilo de vida compatível com as necessidades do nosso organismo. Alimentação saudável, exercício físico, repouso, exposição controlada à luz solar, fé e positividade, água, ar puro e temperança são imbatíveis no que diz respeito à prevenção e cura das doenças.

E você, já sabia desse aumento preocupante do número de jovens com câncer? Entende como esse tema é importante? Então, não perca tempo! Compartilhe este artigo nas suas redes sociais para alertar seus amigos e despertar a consciência sobre a necessidade de cuidar da saúde desde cedo.