A relação entre câncer e alimentação tem sido estudada há muitos anos. Sabe-se atualmente que o surgimento dessa doença poderia ser evitado com mudanças no estilo de vida. O cardápio ocidental — industrializado, refinado, gorduroso e adocicado — é um dos principais fatores que contribuem para o aumento da incidência desse problema.
Mas afinal, quais são os principais erros na alimentação que favorecem o surgimento do câncer? É isso que você vai descobrir neste artigo. Continue a leitura e saiba o que evitar para reduzir os riscos de desenvolver essa doença.
Nos tópicos a seguir, falaremos sobre os principais erros alimentares que contribuem para o surgimento e desenvolvimento do câncer. Alguns estudos falam especificamente de determinados tipos de tumores, enquanto outros se referem a princípios alimentares em geral.
As fontes desses dados sobre câncer e alimentação são pesquisas científicas ou livros. As primeiras estão direcionadas por meio de links e, no caso dos livros, eles são citados ao final deste artigo.
Nos últimos anos, muito se tem falado a respeito do consumo de proteína. Realmente, esse é um nutriente fundamental e a maioria de nós já ouviu, em algum momento da vida, que essas substâncias são como os tijolos usados para construir nosso corpo.
Especialmente depois que um grupo grande de pessoas passou a entender a importância de desenvolver e manter a massa muscular, o interesse pela proteína aumentou. Frequentemente, recomenda-se o aumento no consumo de ovos e carnes como a melhor alternativa para suprir as necessidades proteicas do organismo.
Porém, o fato é que a recomendação (1) de ingestão diária de proteína é de 10% do nosso consumo calórico total. Ou seja, se uma pessoa precisa de 1500 calorias (kcal) por dia, 150 dessas calorias devem provir de proteína. Embora essa necessidade energética dependa de vários fatores, em média os indivíduos precisam de apenas 50 gramas de proteína.
No entanto, a dieta ocidental costuma fornecer cerca de o dobro ou mais dessa quantidade recomendada. Assim, o corpo tem dificuldade para metabolizar o excesso de proteína, além de gerar um aumento da atividade enzimática. Como resultado, existe um favorecimento à formação e desenvolvimento de tumores, criando uma relação estreita entre câncer e alimentação inadequada.
De forma geral, os estudos apontam que:
Por isso, mesmo que a indústria e o mercado incentivem o consumo excessivo de proteínas, fique atento! Manter-se dentro da recomendação diária é fundamental para evitar o câncer.
Nosso objetivo não é transformar este artigo em uma aula de Química. Porém, é importante que você saiba que há bastante tempo os pesquisadores têm estudado a relação entre doenças e variações de pH no sangue. Eles descobriram que, para que o corpo seja saudável, seu sangue não deve ser ácido. É preciso que ele seja equilibrado e levemente alcalino.
Naturalmente, nosso corpo já produz ácidos. Então, para alcalinizar o sangue, precisamos ingerir alimentos que neutralizam esses ácidos e tornam o sangue levemente alcalino. O problema é que a nossa alimentação atual faz exatamente o contrário: aumenta a quantidade de ácidos presentes no organismo.
Nosso corpo tenta, de diversas formas, eliminar esses ácidos. Nesse processo, que é longo, acontecem muitos prejuízos ao organismo: aumento na produção de radicais livres, retenção de líquidos, irritação do trato urinário, dificuldade para reparar células, perda de massa muscular e de minerais, formação óssea reduzida, queda na imunidade, entre outros.
Finalmente, depois que o organismo tentou todos esses recursos, ele começa a depositar esses ácidos nos tecidos do corpo. Eles se acumulam e forma pólipos, cistos, verrugas, cristais ácidos e tumores. Assim, as pessoas podem ter uma série de doenças degenerativas e câncer.
E como reverter essa situação? Com a alimentação! É preciso parar de acidificar ainda mais o organismo ingerindo substâncias que causam esse efeito. Por isso, é importante não cozinhar todos os alimentos, consumindo-os in natura sempre que possível.
Além disso, é fundamental substituir os alimentos acidificantes do cardápio por produtos alcalinizantes. Os principais acidificantes que estreitam a relação entre câncer e alimentação são:
Portanto, o segundo erro frequente e que favorece a relação entre câncer e alimentação é o alto consumo desses produtos. O ideal é retirá-los do cardápio ou diminuir drasticamente seu uso.
Frutas e verduras são essenciais para evitar o surgimento do câncer e mesmo para combatê-lo. Esses alimentos contêm substâncias que fortalecem o sistema imunológico, além de contribuírem para alcalinizar o organismo. No entanto, eles têm ainda uma outra função essencial: aumentam a quantidade de fibras circulando no sistema digestório.
As fibras funcionam como os lixeiros do organismo. Como não são digeridas, elas empurram uma série de impurezas ao longo do intestino, facilitando sua eliminação. Por isso, a alimentação saudável é rica em fibras e seu consumo está associado à prevenção principalmente dos tipos de câncer que acontecem no cólon e no reto.
Estudos mostram que, em populações que consomem uma quantidade baixa de fibras, dobrar a ingestão desses alimentos poderia reduzir os riscos de câncer colorretal em cerca de 40%.
Outras pesquisas falam especificamente dos grãos integrais. Devido aos nutrientes que eles contêm (vitaminas, minerais) e também às fibras, o consumo deles está associado à redução de diversos tipos de câncer:
Portanto, vale a pena incluir as frutas, verduras e grãos integrais no cardápio. Eles jamais devem ser substituídos por produtos refinados e industrializados. Câncer e alimentação refinada estão relacionados, e é muito importante reduzir esse risco.
O excesso de sal também é um vilão associado ao surgimento do câncer. Uma pesquisa mostrou que a mucosa do estômago é afetada pelas comidas salgadas, o que aumenta as chances de uma infecção persistente pela bactéria H. pylori. Esse estado contribui para o desenvolvimento de adenocarcinoma gástrico, um tipo de câncer.
A pior parte dessa informação é que nós consumimos sal até mesmo em alimentos que não são salgados. Essa substância é um conservante, e por isso é adicionada a muitos produtos industrializados, desde refrigerantes a biscoitos doces e, é claro, na comida salgada, molhos, condimentos e especialmente nos pratos congelados. Esse é mais um risco que relaciona câncer e alimentação.
Em muitas culturas, o consumo de álcool em níveis moderados é socialmente aceito. Até mesmo em sites governamentais de órgãos relacionados à saúde aparece a recomendação de reduzir a quantidade de bebidas alcoólicas ingeridas, limitando a um drink diário para mulheres e dois drinks diários para homens.
No entanto, não é isso que os estudos mostram. Atualmente, diversos especialistas estão usando dados de pesquisas para afirmar de forma contundente que não existe um limite seguro para o uso de álcool. Mesmo em quantidades moderadas, ele está associado ao surgimento de diversos tipos de câncer.
O câncer colo-retal, por exemplo, é o terceiro tipo mais frequente e causa cerca de 600.000 mortes anuais. Os pesquisadores já sabem que, quanto maior o consumo de álcool, maiores são as chances de desenvolver um tumor nessa região. Eles afirmam ainda que não existe um nível seguro de consumo de bebidas alcoólicas.
Portanto, uma das melhores medidas para evitar o câncer é também evitar o álcool. Ele está relacionado especialmente ao surgimento de tumores na boca, faringe, laringe, esôfago, fígado, intestino (cólon e reto), além do câncer de mama.
E então, quantos desses erros alimentares você ainda comete? Percebeu que precisa mudar, mas tem dificuldade para abandonar antigos hábitos e adotar um novo estilo de vida?
Continue aqui no nosso site e confira o artigo sobre mudança de hábitos: 8 estratégias para alterar seu padrão de escolhas e conquistar mais qualidade de vida!
(1) Vidoto, M L.vSaúde nua e crua: alimentos na prevenção e cura das doenças. 2018, Editora Bio. São Paulo, SP.