O cortisol alto pode ser causar uma série de impactos negativos à saúde. Entenda melhor e saiba o que fazer para prevenir este desequilíbrio hormonal.
Ultimamente, tem sido frequente pessoas relatarem uma série de sintomas relacionados ao aumento dos níveis de cortisol.
Realmente, o aumento do cortisol é preocupante. Ele pode causar uma série de sintomas que afetam negativamente as pessoas e, em situações extremas, causar uma síndrome séria.
No entanto, isso não significa que a produção de cortisol é ruim. Nosso organismo precisa de equilíbrio. Por isso, neste artigo, você vai descobrir para que serve o cortisol e o que fazer quando seus níveis extrapolam a normalidade.
O que é o cortisol?
O cortisol é um hormônio que nossas glândulas adrenais — também chamadas de suprarrenais — produzem e secretam em nosso organismo.
Embora o cortisol tenha uma função muito importante quando sofremos uma situação de perigo, ele recebe injustamente o nome de “hormônio do estresse”.
A injustiça ocorre porque o cortisol é importante para diversas funções do organismo. A seguir, você descobrirá quais são as principais:
O cortisol favorece a utilização de energia pelo organismo
Nosso corpo recebe energia através dos alimentos que comemos. Porém, durante a digestão, os nutrientes são transformados em gorduras, carboidratos, proteínas, vitaminas…
O cortisol tem a capacidade de fazer o corpo conseguir utilizar gorduras, carboidratos e proteínas para obter energia. Assim, nós temos condições para realizar as mais diferentes atividades ao longo do dia.
Sem um nível adequado de cortisol, nós nos sentimos sempre desanimados e desmotivados para nossas tarefas de rotina.
Também por essa atuação junto aos carboidratos, proteínas e gorduras, o cortisol é um hormônio que exerce uma grande influência sobre nosso metabolismo.
O cortisol produz resposta ao estresse
É importante destacarmos que o estresse, neste caso, não se restringe é a sensação de nervoso que temos devido a um problema ou esgotamento devido à sobrecarga do trabalho.
São situações que nos fazem sair do estado normal de equilíbrio, inclusive em relação a perigos físicos. Nesses momentos, o corpo libera uma grande quantidade de cortisol no sangue.
Devido a essa descarga hormonal, o fluxo sanguíneo aumenta, o coração acelera e o corpo consegue reagir mais rápido. A pessoa se torna mais forte e mais veloz para se defender.
Além disso, existe também o estresse traumático, ou seja, a necessidade de recuperação do organismo diante de uma lesão ou cirurgia, por exemplo.
Mais uma vez, o cortisol tem um papel muito importante na resposta do organismo a esses traumas, atuando para minimizar ou eliminar quadros infecciosos, bem como danos causados por calor ou frio excessivo.
Além de toda esta parte física, reações emocionais também causam aumento do cortisol. Porém, vamos falar delas mais à frente.
O cortisol atua sobre o sistema imunológico
O cortisol também atua sobre o sistema imunológico, ou seja, ele interfere nos mecanismos de defesa do organismo. Ele tem ação anti-inflamatória e imunossupressora.
Por isso, quando o nosso corpo apresenta um estado inflamatório, é muito comum o médico prescrever um medicamento à base de corticoides, porque ele reduz esta inflamação.
Quais são os níveis normais de cortisol?
Como você pode ver, o cortisol tem efeitos benéficos para o organismo. O problema acontece quando os níveis deste hormônio ultrapassam as faixas de normalidade.
Mas talvez você esteja pensando: quais são os níveis normais de cortisol? Na verdade, esta resposta varia.
Você lembra que falamos que o cortisol nos dá energia para as atividades do dia? Por isso, ele começa a se elevar de madrugada, entre 3 e 4 horas, e continua subindo até 9 horas da manhã.
Isso acontece para despertarmos e termos disposição para iniciarmos as atividades previstas para o dia. Porém, depois deste pico, o cortisol começa a cair.
Ele atinge seus níveis mais baixos por volta das 23 horas, que é justamente um horário em que deveríamos estar dormindo, descansando.
Portanto, o cortisol bom é alto no momento em que precisamos agir e baixo no momento em que devemos descansar.
Quais são as causas e consequências do cortisol alto?
No entanto, nem sempre esse sistema de produção e secreção de hormônios funciona assim, perfeitamente. Ele pode sofrer alterações, elevando ou reduzindo os níveis de cortisol.
O cortisol alto pode ocorrer por um excesso de produção do organismo, principalmente quando a pessoa tem determinados tumores ou doenças.
Outras vezes, o cortisol aumenta pelo uso prolongado de medicamentos formulados com corticoides.
O conjunto de sintomas causados pelo aumento de cortisol é chamado de síndrome de Cushing. Embora ela seja mais comum em indivíduos que usam corticoides continuamente, pode surgir em outras pessoas, também.
A longo prazo, níveis elevados de colesterol desencadeiam doenças como diabetes, hipertensão arterial e depressão. Até mesmo a atrofia muscular pode surgir em decorrência da síndrome de Cushing.
Também não podemos nos esquecer que níveis extremamente baixos de cortisol não são normais. Trata-se de um quadro de insuficiência adrenal.
Geralmente, a redução dos níveis de colesterol acontece por doenças na própria adrenal, na hipófise ou no hipotálamo.
Todas elas são glândulas que produzem hormônios. No caso da hipófise, trata-se de uma glândula que coordena a produção hormonal em todo o organismo.
Quais são os sintomas de cortisol alto?
Os principais sintomas de cortisol alto — portanto, da síndrome de Cushing — são:
- aumento de peso;
- aumento da pressão arterial;
- arredondamento do rosto;
- surgimento de manchas roxas e hematomas;
- fraqueza, desânimo;
- aumento na quantidade de espinhas e pelos;
- alterações menstruais;
- depressão e instabilidade do humor;
- enfraquecimento dos ossos.
Como tratar o cortisol alto?
Para o tratamento adequado das alterações no nível de cortisol, a pessoa precisa buscar a orientação de um médico endocrinologista.
Em primeiro lugar, o médico solicita exames para investigar a causa do cortisol alto ou baixo. Somente após essa investigação ele direciona o melhor tratamento.
A boa notícia é que, para grande parte das pessoas, o controle do cortisol depende apenas de ajustes em seu estilo de vida.
Assim, na maioria das vezes, alimentação saudável, prática de exercícios físicos, rotina adequada de sono, controle no tempo de trabalho e manejo das emoções são suficientes para regularizar os níveis de cortisol.
Qual é a relação entre estado emocional e colesterol alto?
Nosso estado emocional também pode afetar a produção de cortisol. Quadros de estresse crônico ou transtornos de ansiedade também causam uma hiperestimulação à glândula adrenal.
Como melhorar os níveis de cortisol?
Como já falamos, o corpo precisa de equilíbrio. Um conjunto de atividades pode ajudar você a ter níveis ideais de cortisol, alto nos momentos esperados de pico e baixo nas situações de descanso.
Veja que hábitos e atividades são essas:
Atividade física
Exercícios são excelentes aliados no combate ao cortisol alto. Nadar, correr, praticar esportes são algumas das atividades que aliviam o estresse.
Além disso, o exercício vigoroso estimula a liberação de substâncias como dopamina, serotonina, norepinefrina e endorfina. Elas promovem o relaxamento e a sensação de bem-estar.
Alimentação saudável
Diversos alimentos ajudam a regular os níveis de cortisol. Entre eles, destacamos os que possuem um aminoácido conhecido como fenilalanina, um precursor da dopamina e ligado ao mecanismo de recompensa do cérebro
Alguns exemplos desses alimentos são o arroz integral, abóbora, couve manteiga, agrião, alcachofra e brócolis.
No entanto, também é importante incluir outras substâncias ao cardápio, como o triptofano e vitamina B5. Destacamos, neste grupo, as oleaginosas como a amêndoa, além do gérmen de trigo, damascos etc.
Por outro lado, é muito importante que a pessoa com cortisol alto reduza o consumo de estimulantes como a cafeína, o chocolate, chá verde, chá mate, refrigerantes e também de gorduras e carboidratos refinados.
Além dessas recomendações, o álcool e o cigarro também aumentam as taxas de cortisol. Deixar esses hábitos beneficia a saúde em inúmeros sentidos.
Sono adequado
O sono desregulado é um dos fatores que mais contribui para desequilíbrio do cortisol. Por isso, nós sempre sugerimos uma reeducação dos hábitos para ter uma noite de descanso reparadora.
Manejo do estresse
Infelizmente, é quase impossível não nos estressarmos. As demandas pessoais e profissionais, o trânsito, problemas e imprevistos são apenas alguns exemplos de situações que nos impactam emocionalmente.
Porém, precisamos desenvolver estratégias para manejo do estresse com o desenvolvimento da inteligência emocional e outras técnicas para solução de conflitos.
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Como baixar os níveis de cortisol
Como o cortisol está intimamente ligado ao sistema emocional, uma boa forma de regular o cortisol consiste em reduzir o estresse e a ansiedade, com psicoterapia e momentos de lazer. Além disso, fazer atividade física e comer alimentos ricos em proteínas e potássio, como ovos, leite e derivados, peixes, aveia, amêndoas, castanhas, sementes de chia e de linhaça, também pode ajudar.
Já, se o excesso de cortisol é causado pelo uso de corticóides, este deve ser retirado gradativamente, ao longo de vários dias, com a orientação do clínico geral ou endocrinologista.
Quando a causa do aumento o cortisol é mais grave, como um tumor, o tratamento é feito com o uso de medicamentos para controlar quantidade do hormônio, como metirapona, aminoglutetimida, por exemplo, e a cirurgia para retirada deste tumor, que será decidida e programada entre o paciente, o endocrinologista e o cirurgião.
Saiba como fazer um tratamento natural que ajuda a controlar o cortisol alto.
Porque a gravidez aumenta o cortisol
Níveis de cortisol altos são comuns na gravidez, especialmente nas últimas semanas de gestação, já que a placenta produz um hormônio, conhecido como CRH, que estimula a síntese de cortisol, aumentando os seus níveis no organismo da grávida.
No entanto, e ao contrário do que acontece fora da gravidez, esses níveis altos de cortisol durante a gestação não parecem afetar a saúde da mãe, nem do bebê, pois é um aumento necessário a manutenção de uma gravidez saudável e parecem, até, ajudar no desenvolvimento cerebral e pulmonar do feto. Por esse motivo, bebês que nascem prematuramente têm maiores chances de apresentar problemas respiratórios. Assim, quando a grávida tem alto risco de ter um parto prematuro, é comum que o obstetra recomende a administração de corticóides sintéticos, para ajudar no desenvolvimento dos órgãos do bebê.
Complicações do cortisol alto, como a síndrome de Cushing, são muito raras durante a gravidez e mesmo durante o período de pós-parto, já que os níveis de cortisol tendem a baixar para valores normais depois do nascimento do bebê.