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Depressão e exercícios: 4 motivos para começar a praticar atividade física ainda hoje!

A atividade física tem um papel muito importante na regulação do humor. Dezenas de pesquisas mostram que esse hábito é fundamental para promover a saúde mental. Porém, neste artigo vamos falar especificamente sobre a relação entre depressão e exercícios.

Não é segredo que o número de pessoas deprimidas cresce a cada ano. Apenas no Brasil, são mais de 11 milhões de pessoas que possuem a doença, segundo as estatísticas oficiais. No entanto, há muitas outras que sofrem com o problema, mas não têm um diagnóstico médico. Trata-se de uma verdadeira epidemia.

Nesse contexto, o tratamento para depressão ganhou um grande reforço. Hoje em dia, os médicos já não prescrevem apenas medicamentos e terapia para que os pacientes saiam das crises. Eles adicionaram outras recomendações relacionadas a mudanças no estilo de vida, e uma delas é a prática do exercício físico.

Mas você quer saber por que o exercício é tão importante para as pessoas que sofrem de depressão? Reunimos uma série de resultados de estudos sobre este tema. Veja a seguir!

Depressão e exercício físico: um verdadeiro remédio

Para vários especialistas, a atividade física tem um efeito bem semelhante ao de diversos antidepressivos. Até pouco tempo atrás, os efeitos positivos do exercício eram associados basicamente à produção de endorfinas e outros neurotransmissores que provocam a sensação de bem-estar.

No entanto, estudos atuais sugerem uma ação ainda mais poderosa, mas sem excluir os benefícios anteriores. Entenda essas vantagens da prática da atividade física.

1. Produção de hormônios e neurotransmissores relacionados ao bem-estar

Esse é o efeito do exercício conhecido há mais tempo. Quando praticamos esportes, nosso corpo libera uma substância chamada endorfina, um hormônio que provoca a sensação de prazer e bem-estar. Outros neurotransmissores com ação semelhante também são produzidos ao nos movimentarmos.

O resultado aparece na redução dos índices de depressão. Vários estudos comprovam que quando a pessoa pratica 15o minutos de exercícios moderados por semana — recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) — suas chances de reduzir a depressão caem 32%.

De forma contrária, o sedentarismo está bastante relacionado à tristeza. Uma pesquisa que acompanhou mais de 34 mil adultos durante 11 anos demonstrou um dado importante: pessoas que não praticam exercícios têm um risco 44% maior de apresentar depressão.

2. Combate à insônia por elevação dos níveis de serotonina

A atividade física também estimula o corpo a produzir outra substância: a serotonina. Ela funciona como um precursor da melatonina, que é o hormônio que regula o sono. A serotonina é normalmente liberada durante o dia e, quando o cérebro é estimulado pela escuridão, ela se converte em melatonina.

Assim, quem se movimenta tem uma ação importante para regular o sono. A prática de exercícios produz esse precursor da melatonina e, consequentemente, terá mais facilidade para dormir melhor à noite. Dessa forma, combate-se a insônia que é, ao mesmo tempo, um sintoma e um agravante da depressão.

3. Regeneração neuronal

No entanto, a descoberta mais surpreendente não está relacionada à produção de endorfinas. Estudos mostram que o exercício físico acelera o processo de regeneração neuronal. Isso foi o que um estudo realizado por pesquisadores da UFRGS, da Universidade La Salle, da UERJ, UFRJ e outras sete universidades estrangeiras demonstrou.

Segundo Felipe Schuch, um dos pesquisadores responsáveis, as pessoas com depressão perdem mais neurônios do que conseguem regenerar. A médio e longo prazo, isso tem um efeito devastador sobre a saúde e qualidade de vida de quem é acometido por esse quadro. Partes do cérebro, como o hipocampo e córtex pré-frontal, se tornam atrofiadas.

Ao promover a regeneração neuronal, o exercício físico diminui o risco de desenvolvimento da depressão. A atividade também reduz a possibilidade de atrofia dessas áreas do cérebro.

4. Alteração na expressão genética

Muito se discute sobre a influência da genética no desenvolvimento da depressão. Realmente, não se pode negar que esse é um fator que predispõe à doença. No entanto, é importante observar que predisposição não é uma sentença. A pessoa pode possuir os genes, mas impedi-los de se expressarem.

O Dr. Benício Pereira, especialista em Medicina do Estilo de Vida, destaca isso de forma clara. Segundo ele, “uma das áreas de estudo mais surpreendentes na atualidade é a Epigenética (epi = sobre / genética). Portanto, trata-se da área de conhecimento que analisa como nossas escolhas permitem alterar o curso da genética ao longo da nossa existência”.

O médico ainda acrescenta que “os genes não são capazes de controlar a vida. Eles são ativados ou desativados pelos sinais do meio ambiente e por nossas experiências. Embora tenhamos predisposições genéticas herdadas dos nossos antepassados, e sobre as quais não temos controle, nossas escolhas redefinem ativamente a expressão genética”.

Em outras palavras, mesmo que a pessoa tenha a predisposição para manifestar qualquer doença, inclusive a depressão, a expressão desses genes pode ser suprimida. O que define isso são os nossos hábitos. Um exemplo claro está no exercício físico, que influencia nossa bioquímica.

O Dr. Benício cita o exemplo de um estudo que revelou resultados impressionantes e que demonstrou a eficácia do exercício no combate à depressão. Nessa pesquisa, a equipe começou coletando amostras de células de voluntários sedentários. Então, eles foram submetidos a uma única sessão de atividade física e, após a execução, uma segunda amostra de células foi coletada.

Os cientistas observaram que, depois dessa única sessão de atividade física, alguns genes ligados a doenças foram desativados. Por outro lado, os genes relacionados a processos que desencadeiam saúde e bem-estar foram ativados. Se esses resultados são possíveis em um único dia, você pode imaginar o que acontece com a prática frequente?

Esse é um dos motivos pelos quais, mesmo quando iniciamos uma atividade física indispostos ou mal-humorados, terminamos o exercício nos sentindo bem melhor. A explicação está na produção de betaendorfinas, que produzem sensações de bem-estar, satisfação e relaxamento.

Depressão e exercício físico: em busca de uma solução integrada

É um equívoco acreditar que é possível viver livre da depressão combatendo a doença por meio de um único recurso. Medicamentos podem ser necessários diante de uma crise, mas eles não solucionam as causas do problema. Portanto, é preciso recorrer a outros recursos para restaurar a saúde física e mental.

Muitas doenças, inclusive transtornos mentais, surgem quando nossos hábitos não correspondem às necessidades do organismo. Geralmente, essas violações envolvem diversos aspectos.

Assim, vários fatores contribuem para o desenvolvimento do quadro depressivo. Ele acontece porque não conseguimos suprir adequadamente nossas necessidades de uma nutrição apropriada, sono, exposição à luz solar, estabilidade emocional e exercício, entre outros aspectos.

Portanto, é necessário enxergar o organismo como um sistema complexo. Quanto mais esses fatores estiverem ajustados às nossas necessidades, maiores são as chances de termos saúde plena, inclusive no que se refere à nossa mente. Por isso, é fundamental tirar o foco apenas do tratamento da doença e pensar em uma mudança no estilo de vida.

O exercício entra como um desses fatores que contribuem para a saúde mental. Porém, mais que isso, ele também contribui para colocarmos os outros aspectos em conformidade com as nossas necessidades. Ele contribui para que a pessoa durma melhor, desperta a sede e, consequentemente, estimula o consumo de água, entre outros benefícios.

Buscar esses resultados é fácil. A recomendação da OMS é de 150 minutos semanais de atividade moderada, ou seja, 5 sessões de 30 minutos. Essa é uma quantidade que pode ser encaixada facilmente na rotina e servir inclusive de oportunidade para a interação social. Portanto, vale a pena experimentar!

Você já conhecia essa relação entre a depressão e exercícios? Sabia que a atividade física é uma estratégia para vencer as crises depressivas e evitá-las? Quer saber mais sobre o assunto? Assine a nossa newsletter e receba conteúdos imperdíveis diretamente em seu e-mail ou pelo WhatsApp.