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Todo o mês de setembro é usado como um alerta ao redor do mundo. Afinal, precisamos falar da prevenção ao suicídio e evitar a perda de pessoas queridas que, devido a inúmeros fatores, tentam ou consumam este ato.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 90% dos casos de suicídio podem ser evitados. Os dados alertam para a seriedade do problema. A OMS também divulgou que, a cada 40 segundos, uma pessoa dá fim à própria vida no planeta.
No Brasil, a maior prevalência de casos notificados de lesão auto provocativa e de tentativas de suicídio acontecem com pessoas entre os 20 e 49 anos. Essa é a principal causa de morte no Brasil em jovens entre 15 e 29 anos.
A campanha do Setembro Amarelo fala de prevenção ao suicídio e do cuidado com a saúde mental. Nunca foi tão necessário falar deste assunto.
A organização Pan-Americana da Saúde, a OPAS, alertou em setembro de 2020 para o fato de que a pandemia poderia aumentar os fatores de risco para o suicídio. A orientação era sobre a importância das pessoas falarem abertamente e de forma responsável sobre o assunto.
O suicídio é um mal silencioso. Na maioria das vezes, a pessoa não deixa transparecer comportamentos com tendência suicida. Por isso, existem alguns sinais de alerta que não podem ser ignorados.
Entendemos que é muito importante que todos nós saibamos que sinais são esses. Se percebermos que um dos nossos amigos ou parentes corre perigo, temos tempo para ajudá-lo e evitar esse sofrimento.
Quer saber que sinais são esses? Então, continue a leitura!
Não existem causas únicas que levam alguém a cometer suicídio. Entre as mais recorrentes estão o estresse social, dificuldades financeiras, problemas de relacionamento, perda de emprego, traumas como abusos sexuais, depressão, esquizofrenia e doenças e dores crônicas.
Esses fatores podem aparecer isoladamente ou, muitas vezes, de maneira combinada.
Pessoas que procuram cometer suicídio geralmente seguem alguns passos em seu comportamento. A princípio, apresentam a intenção de terminar com sua vida, seguem com ameaças à própria segurança, progredindo para a tentativa e, por fim, para o ato suicida.
Ao percebermos os sinais de alerta, podemos ficar mais atentos ao comportamento das pessoas. Além disso, temos a oportunidade de nos aproximarmos, abrirmos o caminho do diálogo e a encaminharmos para atendimento profissional.
Por isso, é fundamental que você entenda que os seguintes comportamentos podem preceder uma possibilidade de suicídio:
Uma pessoa que se mostra frequentemente triste, sem vontade de se envolver com atividades sociais como antigamente e procura ficar longe dos amigos pode estar dando sinais de depressão.
Uma depressão não tratada é uma das principais causas do suicídio. O problema está no fato de que, normalmente, uma pessoa não consegue identificar que está com depressão.
A princípio, parece apenas não estar sendo capaz de lidar com as outras pessoas ou com o trabalho. Ao longo do tempo, o desânimo aumenta e a vontade de viver diminui.
Esse sinal apresenta muito risco, pois geralmente é interpretado pelos familiares como uma fase de recuperação da depressão. Por isso, ele pode ser difícil de identificar.
Algumas mudanças repentinas são alteração no sono e apetite. A demonstração de um comportamento calmo e despreocupado depois de um período de grande tristeza pode não ser um sinal de melhora, mas sim de que a pessoa realmente se decidiu pelo suicídio.
Nesses casos, a pessoa pode sentir que encontrou uma solução para seu problema. Assim, ela deixa de se sentir tão preocupada e foca sua energia no plano de tirar a própria vida.
Para evitar qualquer interpretação errônea de comportamento, é importante que essas mudanças sejam acompanhadas por um psicólogo.
Abandonar atividades que davam prazer é um grande sinal de alerta. Todos têm lugares que gostavam de frequentar e visitar.
Mudanças extremas na rotina, como deixar de ir até locais que costumavam ser prazerosos, podem significar que algo não está certo.
Quando há suspeita de intenção de suicídio, sinais como a falta de atenção e perda de motivação devem despertar nosso alerta.
Aos poucos, esse comportamento se reflete no trabalho e nos estudos, se apresentando também com falta de concentração, ansiedade, limitação para concluir tarefas importantes e desatenção.
Uma pessoa que pensa em suicídio passa a não se preocupar tanto com seu bem-estar. Aos poucos, a própria vida deixa de ser importante.
Isso pode se refletir na redução de hábitos de higiene, indiferença em relação a como se portar, perda da vaidade e até mesmo falta de cuidado com situações de dor e frio.
Uma pessoa que está considerando o suicídio sempre vai avisar um familiar ou amigo. Frases que, muitas vezes, são julgadas como uma maneira de chamar a atenção, podem ser um aviso ou pedido de socorro.
A atenção deve ser redobrada se a pessoa estiver em uma fase de grandes alterações na vida ou, até mesmo, enfrentando outros transtornos ligados à saúde mental.
Quando alguém pensa em suicídio, é comum começar a fazer várias tarefas e tentar organizar algumas coisas em sua vida, como se realmente não quisesse morrer sem resolver uma série de pendências. Ela está fechando um ciclo — o ciclo da própria vida.
Visitar familiares que já não vê há muito tempo, fazer as pazes, resolver brigas, escrever testamentos e oferecer objetos pessoais são exemplos destes fechamentos.
Quem pensa em suicídio passa a não se preocupar tanto com a própria vida. Portanto, a pessoa deixa de ter aqueles cuidados básicos com sua própria segurança.
Andar em alta velocidade, consumo de álcool e drogas de maneira exagerada, bem como a prática de sexo sem proteção podem ser sinais de alguém que tem intenções suicidas.
Você percebeu que alguém próximo a você apresentou um ou mais sinais? Existem alguns passos que podem ajudar e evitar a prática do suicídio.
Em primeiro lugar, procure se manter próximo da pessoa. Encontre assuntos para desenvolver um diálogo, escute e mostre que você se importa, sem julgamentos.
Não espiritualize a questão. Transtornos mentais são doenças sérias que atingem o corpo como um todo e devem receber o devido tratamento.
Sempre lembre que não é seguro tentar resolver o problema sozinho. Encaminhe a pessoa para um tratamento profissional, buscando apoio multidisciplinar de médicos e psicólogos.
Em casos mais sérios, quando a pessoa está em risco iminente e não aceita tratamento, é mais seguro buscar a internação involuntária.
É muito importante falarmos sobre a prevenção ao suicídio. A depressão costuma ser um dos principais fatores de risco. Para que você tenha mais informações sobre esse problema, preparamos um e-book sobre este transtorno mental. Para baixar é só clicar no banner abaixo.