Você está cansado de usar máscaras, de manter o distanciamento social e de todas as restrições impostas desde março de 2020? Não se sinta sozinho, pois aqui e em diversos países já se estuda a fadiga da pandemia.
A grande esperança para acabar com toda essa situação é a utilização da vacina da COVID-19. Mas será que a aplicação desse imunizante realmente permite o fim de todos esses cuidados ao mesmo tempo em que garante a segurança das pessoas?
Afinal, o que uma pessoa pode ou não fazer depois de tomar as duas doses da vacina? Isso é o que você vai saber neste artigo. Então, continue a leitura!
Quais são os benefícios da vacina da COVID-19?
De acordo com os resultados dos estudos feitos pelos fabricantes, até agora nenhuma vacina desenvolvida para combater a COVID-19 apresentou 100% de eficácia. Portanto, mesmo que uma pessoa tome as duas doses, ela pode contrair o vírus e desenvolver a doença.
No entanto, isso não significa que a vacina é ineficiente para acabar com o problema que afeta a humanidade hoje ― o grande número de mortos pela COVID-19.
Os estudos mostraram que, entre as pessoas que contraem a COVID-19 após as duas doses da vacina, a infecção é muito mais leve. A maioria teve poucos sintomas, não precisou de internação e não houve mortes.
A porcentagem de pessoas que ficaram livres da infecção, tiveram infecções leves e moderadas varia de acordo com o fabricante. De qualquer forma, em todos os imunizantes aprovados, a redução de internações e mortes foi evidente.
Portanto, mesmo que a vacina não impeça a contaminação por COVID-19, trata-se de uma solução adequada do ponto de vista da administração de saúde pública para evitar as internações, o colapso do sistema de saúde e as mortes.
Diante da constatação de que a vacina não impede a contaminação por COVID-19, é preciso que as pessoas se conscientizem de que alguns cuidados continuarão sendo necessários após a vacinação. Veja as principais dúvidas a respeito deste tema.
Depois da vacina da COVID-19, poderei andar sem máscara?
NÃO. Como já dissemos, você pode contrair COVID-19 mesmo após a vacinação. Como consequência, também poderá transmitir o vírus para outras pessoas, inclusive para aquelas que ainda não estão vacinadas.
Isso significa que, mesmo que você não pegue a forma grave da doença, pode passá-la para outra pessoa não imunizada, que pode desenvolver a forma grave ou até mesmo morrer.
Como a imunização está ocorrendo lentamente no Brasil, usar a máscara após a vacina é fundamental.
Além disso, ao não usar máscaras e promover a circulação do vírus, aumentam as chances de novas mutações. Alguma delas pode ser resistente à vacina ou se mostrarem ainda mais letais.
O uso de máscaras em ambientes públicos ainda é um cuidado essencial para o bem-estar coletivo. Ao não usá-la, você coloca outras pessoas e a sociedade como um todo em risco.
Poderei participar de aglomerações?
NÃO. Depois de tomar a segunda dose da vacina, ainda há um prazo de até duas semanas para que o corpo produza os anticorpos necessários. Porém, como já comentamos, a vacina não impede a transmissão do vírus e, quanto mais ele circular, maiores são as chances de novas variantes.
Portanto, respeite os limites de ocupação de ambientes definidos pelas autoridades. Eles mesmos estipulam 20%, 30%, 50% de ocupação, de acordo com o andamento da pandemia, análise das taxas de transmissão e a capacidade do sistema hospitalar.
Ainda assim, ao frequentar espaços, procure manter a distância das pessoas. Se você vai à igreja, por exemplo, sente-se com sua família completa em um banco e procure manter pelo menos um banco ou fileira de distância com outras famílias. O mesmo pode se aplicar a qualquer outro ambiente.
Sou obrigado a fazer exames de COVID?
SE QUISER TER ACESSO A LOCAIS QUE ADOTAM ESSA EXIGÊNCIA, SIM. As leis do país não podem obrigar uma pessoa a fazer exames. Porém, elas autorizam empresas e instituições a não permitirem a circulação de pessoas que não atendem a essa exigência.
Portanto, companhias aéreas, serviços que incluem hospedagem e empresas que testam periodicamente seus funcionários, entre outros, têm autorização para rescindir contratos e até mesmo aplicar penalidades como multas quando as pessoas que se recusam a fazer os exames.
Assim, a escolha de fazer o teste ou não continua sendo da pessoa. Porém, sua circulação em ambientes ficará restrita, dependendo das regras estabelecidas para aquele local.
Então, por que tomar vacina da COVID-19?
Se a vacina da COVID-19 não impede o contágio pelo coronavírus, então por que tomá-la?
Como já falamos, trata-se de uma questão de saúde pública. Afinal, ao reduzir as internações e mortes, ela já cumpre grande parte de seu objetivo, que é evitar milhares de óbitos e o sofrimento de inúmeras famílias.
Para termos uma ideia, analisaremos a eficácia da vacina que atualmente é a mais utilizada no Brasil, a Coronavac. Desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, ela apresenta os seguintes índices:
- Eficácia global: 50,38% – isso significa que mais da metade das pessoas que tomarem a vacina não ficarão doentes ao terem contato com o vírus.
- Casos leves que necessitam de atendimento ambulatorial: 78% ― Entre as pessoas que tomaram a vacina, mesmo nos casos em que houve infecção pelo SARS-CoV-2, 78% dos infectados tiveram apenas sintomas leves e não precisaram recorrer a atendimento hospitalar.
- Casos moderados, graves ou mortes: 100% ― isso significa que nenhuma das pessoas que participou dos testes teve sequer sintomas moderados, graves ou morreu devido à COVID.
Portanto, a vacina é hoje o único recurso que permitirá que as pessoas voltem a trabalhar normalmente, mantendo os cuidados e o distanciamento social e reduzindo drasticamente o número de mortes.
Por mais desagradável que seja mantermos esses cuidados, é importante agora pensarmos no bem-estar coletivo. Nossas ações não têm impacto apenas sobre a nossa saúde, mas também sobre aquelas de pessoas mais vulneráveis à doença, inclusive aquelas que não poderão tomar a vacina.
Em uma sociedade imediatista como a nossa, queremos ficar livres de todas essas restrições logo. Porém, é válido lembrar que, ao longo da História, também aconteceram outras pandemias.
Nessas pandemias, as pessoas não dispunham dos recursos médicos ou das vacinas que temos agora. Elas tiveram que restringir sua circulação e enfrentar grandes dificuldades não durante um ou dois anos, mas por um período muito maior.
A peste bubônica, também conhecida como peste-negra, estendeu-se entre os anos 1343 e 1353. Morreram cerca de 50 milhões de pessoas. Já a cólera não causou apenas uma pandemia, mas diversos surtos e alastrou-se por todos os continentes. Algumas das datas desses surtos foram 1817 a 1823, 1826 a 1837, 1846 a 1862, 1864 a 1875 e 1881 a 1896.
Portanto, um ou dois anos de cuidado intenso são pouco quando comparados às restrições que outras gerações enfrentaram. Com todo o conhecimento que temos, se agirmos pensando no bem do próximo, temos a possibilidade de fazermos dessa a pandemia mais curta da História. Só depende de nós.
Entendeu a importância de manter os cuidados mesmo após tomar a vacina da COVID-19? Achou o artigo interessante? Então, compartilhe com seus amigos e vamos juntos acabar com essa pandemia o mais rápido possível.
ótimo artigo! Muito esclarecedor. Muito Obrigada.
Que bom que você gostou, Eliana! Esperamos que nossos conteúdos sempre sejam úteis para você!
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