A insulina é um dos hormônios mais importantes para o nosso organismo. Ela é responsável pela condução da glicose até o interior das células, o que é fundamental para que elas consumam a energia que nós ingerimos através da alimentação. O órgão responsável pela produção deste hormônio é o pâncreas.
Em níveis normais, a insulina ajuda a regular a quantidade de glicose no sangue e evita problemas de saúde, como a diabetes. Muito se fala da importância deste hormônio, mas pouco se fala de um problema que atinge muitas pessoas, a resistência à insulina.
Os níveis alterados deste hormônio no organismo podem causar várias alterações à saúde. A resistência à insulina é mais comum do que as pessoas imaginam.
Recentemente, ela passou a ser muito comentada por interferir no emagrecimento, mas seus impactos à saúde vão muito além disso. Você sabe que impactos são esses? Então, continue a leitura para entender toda a importância da insulina e de um metabolismo adequado.
Qual é o papel da insulina no organismo?
Já falamos um pouco do papel da insulina no organismo. Em resumo, esse hormônio reduz a glicemia, ou seja, o nível de açúcar presente no corpo.
Quando as taxas de glicose, ou açúcar no sangue, caem de maneira brusca, acontece a hipoglicemia. Os sintomas são tontura, palidez, confusão mental, palpitações, tremedeira e ansiedade.
Já o excesso de glicose no sangue causa a hiperglicemia. Essa taxa elevada de açúcar é uma condição perigosa que, em casos graves, pode levar até ao coma.
Por isso, a insulina é tão importante para o organismo. Manter o nível certo de açúcar no corpo é fundamental para uma boa saúde.
O que é resistência à insulina?
A resistência à insulina ocorre quando as células do organismo não permitem que o hormônio cumpra o seu papel de controlar a glicose no sangue. É como se as células “trancassem suas portas”, impedindo a entrada da glicose.
O pâncreas não sabe que o problema está ocorrendo nas células. Se a glicose não é absorvida e continua circulando no sangue, ele entende que está faltando insulina. Então, ele começa a produzir quantidades ainda maiores desse hormônio.
No entanto, o problema não é a insulina, e sim o comportamento das células. Por isso, além da maior produção não solucionar a situação, surgem também outros cenários.
A quantidade de insulina pode se tornar excessiva, gerando uma hiperinsulinemia. A quantidade de glicose acentuada também pode gerar a diabetes.
A resistência à insulina também é conhecida como resistência insulínica e é um estado que antecede grande parte dos casos de diabetes.
Ela também é definida como a necessidade de 200 ou mais unidades de insulina ao dia para ter-se o controle glicêmico e evitar a cetose, ou o uso de gorduras e proteínas na obtenção de energia.
Quais são as causas e sintomas da resistência à insulina?
A resistência à insulina normalmente é causada por uma combinação de influências hereditárias com outras doenças e hábitos de vida. Porém, os hábitos geralmente têm muito mais impacto na manifestação de uma patologia do que os genes.
Pessoas que sofrem de obesidade, sedentarismo, diabetes, aumento de colesterol e síndrome metabólica têm mais chances de desenvolver resistência insulínica.
Não é possível detectar a resistência à insulina apenas pelos sintomas. Essa condição costuma ser silenciosa e precisa de exames para ser identificada.
Alguns sinais no corpo podem ser um alerta, como o escurecimento de regiões de dobras como o pescoço, joelhos e axilas, uma condição chamada de Acantose Nigricans.
Outro sinal que precisa de atenção são pequenas elevações na pele, semelhantes a verrugas (acrocórdons). Dificuldade extrema para emagrecer também é um sinal de alerta para a resistência à insulina.
Os exames que detectam essa deficiência geralmente são os exames de sangue que medem a quantidade de glicemia, o índice de HOMA ou o teste oral de tolerância à glicose.
Como a resistência à insulina afeta a saúde?
Quando a resistência à insulina é detectada, é importante tomar os devidos cuidados e precauções.
Com o passar do tempo, as células do organismo se tornam cada vez mais resistentes à insulina e o pâncreas pode sofrer danos pela atividade além dos limites. Todo esse quadro gera doenças e pode levar à necessidade de um transplante.
No caso das mulheres, o cuidado precisa ser redobrado. A resistência à insulina e seus danos no organismo podem provocar ou agravar a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), já que o excesso de insulina contribui para o aumento da produção de hormônios masculinos.
Que dificuldades a resistência à insulina traz ao emagrecimento?
Quando a insulina presente no corpo não consegue retirar a quantidade necessária de glicose da circulação sanguínea, as células não recebem energia suficiente para manter o organismo em pleno funcionamento.
Todo esse contexto atrapalha o processo do emagrecimento. Como as células param de utilizar a glicose que está no sangue, o destino dela se torna o acúmulo em forma de gordura, também conhecida como lipogênese.
Essa gordura se une a toda aquela que é consumida durante as refeições. Isso aumenta em grande escala a possibilidade de engordar.
Um longo período sem controle da resistência insulínica também eleva os níveis de colesterol e triglicérides. Esses problemas associados geram a Síndrome Metabólica, que também dificulta o emagrecimento e deixa o copo mais suscetível a doenças cardiovasculares.
A falta de glicose também compromete as células musculares. Sem energia faltam forças suficientes para que se executem suas funções. Com a diminuição da resistência e a fadiga excessiva se torna difícil praticar exercícios regularmente.
Existe solução para a resistência à insulina?
A redução do peso é um fator importante para melhorar a sensibilidade à insulina. Em casos de obesidade, a restrição de calorias na dieta é indicada. Independentemente da necessidade de emagrecer, bons hábitos alimentares e de saúde são essenciais para combater a resistência à insulina.
Por isso, é essencial praticar atividades físicas regularmente e cuidar da alimentação. Uma boa dica alimentar é trocar os alimentos de alto índice glicêmico, que fornecem glicose rapidamente, como pães, farinhas brancas, carboidratos refinados, batatas e açúcar, por opções integrais.
Os carboidratos integrais são fortes aliados no controle dos níveis glicêmicos do organismo, além dos vegetais, das frutas e dos legumes. Também é importante investir em alimentos que aumentam a saciedade.
O uso de substâncias tóxicas para o organismo, como o álcool e o tabaco, também devem ser evitados.
Agora que você já sabe mais sobre os cuidados para evitar e tratar a resistência à insulina, que tal aprender novas maneiras de cuidar da saúde do corpo e da mente? Assine nossa newsletter, preparamos sempre novos conteúdos para você. É só clicar no banner.