A psicoterapia é fundamental para o tratamento de uma série de transtornos mentais e também para ajudar em alguns momentos de dificuldade.
Existem diferentes abordagens na psicoterapia. Algumas delas são adequadas para determinados pacientes, enquanto outros podem ser ainda mais bem-sucedidos usando uma linha distinta.
Fazer um tratamento psicológico pode ser uma boa ferramenta para lidar com os desafios da vida. Mesmo quando não existe um diagnóstico de transtorno psicológico.
Entretanto, nem sempre é simples escolher a linha de trabalho de um profissional da psicoterapia. É importante conhecer cada uma das especificidades.
A psicologia é um campo amplo e com diferentes abordagens. Não existem maneiras mais adequadas ou efetivas para o tratamento. O melhor é que cada pessoa conheça e busque a que o deixe mais confortável.
Linhas da psicoterapia
Análise do comportamento ou behaviorismo
Nesta linha de tratamento, o foco da análise é o próprio comportamento humano e suas variáveis. O objetivo é modificar os chamados comportamentos-problema, aqueles que uma pessoa pode manifestar e que não são saudáveis ou prejudicam sua vida.
Nesse caso, a atuação do terapeuta será para analisar todas as questões relacionadas ao comportamento-problema, incluindo seus antecedentes e as consequências diretas da situação.
Terapia Cognitivo-comportamental
Também conhecida como TCC, é uma das muitas ramificações da terapia comportamental e está entre as mais comuns.
Este tipo de terapia se refere à forma como interpretamos as situações da vida. O que realmente nos afeta não é o acontecimento em si, mas a maneira como reagimos a ele.
O psicólogo analisa o modo como o paciente sente e pensa em relação às situações do dia a dia. Se estiver passando por um período difícil no trabalho, os fatores que tornam a rotina árdua e cansativa são examinados.
Ele pode estar alimentando o que chamamos de “pensamentos automáticos” de caráter negativo, pensando que não é bom o suficiente ou que não é reconhecido como deveria.
As sessões são voltadas para promover a análise e também as interpretações das experiências de vida. Assim, o paciente passa a ter mais controle sobre as suas próprias ações, pois compreende que precisa mudar sua perspectiva.
Neste tipo de psicoterapia, o autoconhecimento também acontece, mas de maneira mais vagarosa. A terapia cognitivo-comportamental é recomendada para quem busca compreender e solucionar um problema com urgência.
A TCC também é muito recomendada a crianças e adolescentes com transtornos de aprendizagem como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, por exemplo. Afinal, ela ajuda a entender e remodelar o comportamento.
Terapia Sistêmica
Esta terapia é muito conhecida por trabalhar com casais e famílias. A abordagem foca no sistema em que a pessoa está incluída, considerando que ele ajuda na manutenção dos sintomas da pessoa.
O objetivo é trabalhar com as dinâmicas familiares e as influências que elas têm.
Psicanálise
Desenvolvida por Sigmund Freud ao final do século XIX, talvez essa seja uma das linhas mais famosas da psicologia.
Para Freud, o ser humano é guiado por pulsões inatas que, muitas vezes, vão contra as regras da sociedade, o que gera muita angústia.
Essa abordagem trabalha com o inconsciente e as informações que atuam de forma velada, como memórias traumáticas, desejos reprimidos e mecanismos de defesa.
Freud desenvolve toda a sua explicação pelos níveis de consciência e também pelo modelo estrutural de personalidade, além de acentuar a importância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento do indivíduo.
Esta abordagem tem como base buscar estimular o próprio paciente a ter seus insights, ou seja, que ele mesmo compreenda o que está acontecendo consigo e também quais são as vias que podem ser usadas para modificar a situação e sair do problema.
Um tratamento feito com base na psicanálise busca trazer os conflitos inconscientes para o consciente e resolvê-los, não causando tanta angústia no próprio paciente.
Geralmente, não é um tratamento rápido, podendo ser necessários anos para que existam resultados satisfatórios.
A psicanálise não é indicada apenas para aqueles diagnosticados com transtornos mentais. Qualquer pessoa pode se beneficiar dela, à medida que ela promove o autoconhecimento.
As interpretações feitas pelo psicanalista durante a sessão propiciam autoconhecimento e também a transformação gradual dos sintomas.
Um traço importante desta técnica é o fato de não ser diretiva, ou seja, o psicanalista não sugere que o paciente faça isso ou aquilo. A análise acontece a partir das associações do paciente.
De todas as linhas da psicologia, a psicanálise é a única que não exige que seja feita uma graduação em psicologia para seu exercício. Entretanto, é necessário que profissionais passem pelo processo de análise em instituições oficiais para se formar psicanalista.
Já as pessoas formadas em Psicologia que não passam por essas instituições oficiais podem oferecer psicoterapia de orientação psicanalítica. Esse processo é muito semelhante à análise, mas não podemos designar esses profissionais como psicanalistas.
Terapia Jungiana
Os profissionais que seguem a terapia de Jung utilizam os métodos artísticos para fazer a análise, mas com um intuito por trás deles. Durante o processo, o paciente realiza muitas dinâmicas relacionadas à escrita e também ao desenho.
Jung possuía algumas ideias semelhantes à de Freud. Por isso, o inconsciente é uma parte importante neste tipo de terapia.
Os símbolos desenhados são analisados para identificar traços de personalidade e, até mesmo, crenças que são bases para o paciente. Os sonhos também são fonte de análise. O profissional faz perguntas relativas aos sonhos do paciente, principalmente se eles forem corriqueiros.
Quando nós sonhamos, nós imaginamos narrativas nas quais são encontrados certos personagens que, de tempos em tempos, vão mudando. O método para se aproximar destes personagens é a imaginação ativa. Aí entram as pinturas, desenhos, técnicas de escrita e desenhos que estimulam a imaginação.
Esta forma de terapia também é recomendada para quem está a procura de mais autoconhecimento e valoriza a necessidade de uma interação entre profissional e paciente.
Gestalt-terapia
A psicologia da Gestalt procura compreender o ser humano na totalidade, seguindo a linha de que o todo é diferente da soma de suas partes.
Existe uma busca pela congruência entre o pensar, sentir e agir. O principal objetivo é aumentar a consciência do indivíduo em relação às suas próprias necessidades e o que pode fazer para atendê-las.
Abordagem centrada na pessoa (humanista)
Popularmente conhecido como abordagem “egoísta”, o humanismo tem seu foco principal na autoaceitação. A personalidade, as qualidades, crenças e até mesmo defeitos do paciente são trabalhados buscando desenvolver o amor-próprio.
Diante de tantas abordagens na Psicologia, é importante lembrar que, mesmo quando o profissional oferece uma dessas abordagens, a psicoterapia nunca é uma receita pronta.
O psicólogo deve personalizar o atendimento, conduzindo de acordo com as necessidades de cada paciente, usando sua sensibilidade e experiência.
Não podemos esquecer também que apenas fugir da ansiedade e dos transtornos mentais não é a solução. Buscar um bom acompanhamento profissional diante dos desafios é fundamental para chegar a bons resultados.
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