O número é alarmante: de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 72% dos brasileiros enfrentam problemas e distúrbios do sono. Conheça os principais e as alternativas de tratamento.
O sono é simplesmente essencial para o bom funcionamento do corpo e da mente. No entanto, ele frequentemente é negligenciado na rotina acelerada da vida moderna.
Quem prioriza o próprio sono, além de outros fatores fundamentais para a saúde, costuma não ser tão bem-visto em um mundo onde o lema é “trabalhe enquanto eles dormem”.
A qualidade e a quantidade do sono podem ser severamente afetadas por uma variedade de distúrbios, levando a consequências negativas tanto para a saúde física quanto mental.
Hormônios desajustados, humor deprimido ou irritadiço, queda na produtividade, aumento da sensação de fome e cansaço durante o dia são apenas alguns dos impactos deste problema.
No contexto social em que vivemos, aumenta a prevalência de distúrbios do sono. Neste artigo, você vai conhecer os principais e suas causas mais frequentes.
Você sofre com distúrbios do sono? Então, este artigo foi feito para você! Venha saber mais!
O que são distúrbios do sono?
Distúrbios do sono são condições que afetam a capacidade de dormir bem regularmente, influenciando diretamente a saúde e a qualidade de vida.
Essas condições podem variar em severidade e duração. Algumas pessoas enfrentam problemas temporários, enquanto outras possuem distúrbios crônicos do sono, ou seja, com duração de anos.
Os distúrbios do sono afetam pessoas de todas as idades, embora sejam mais comuns entre indivíduos entre os 40 e 50 anos de idade.
Além dos tipos mais conhecidos, como insônia e apneia, existem vários outros distúrbios do sono, cada um com suas especificidades e necessidades de tratamento.
Principais tipos de distúrbios do sono
Neste tópico, falaremos sobre os principais distúrbios do sono. Conheça suas características e observe se você apresenta algumas delas:
Insônia
A insônia é, provavelmente, o distúrbio do sono mais conhecido. Ele se caracteriza pela dificuldade de iniciar o sono, manter-se dormindo, ou por acordar muito cedo e não conseguir voltar a dormir.
Estima-se que afeta cerca de 30-35% da população em algum momento da vida. A insônia pode ser classificada como aguda ou crônica, de acordo com sua incidência.
A insônia aguda dura apenas algumas noites. Portanto, apesar do incômodo, o paciente logo se vê livre do problema. Já a insônia crônica ocorre pelo menos três noites por semana durante três meses ou mais.
As causas são variadas. Elas podem incluir estresse, ansiedade, desequilíbrios hormonais, e condições médicas. Muitas vezes, existe uma combinação desses fatores.
Apneia do sono
A apneia do sono é uma condição séria onde a respiração para e começa repetidamente durante o sono.
Os tipos mais comuns são a apneia obstrutiva do sono, caracterizada pelo bloqueio das vias aéreas. Já na apneia central do sono, o cérebro falha em sinalizar os músculos para respirar.
Indivíduos com apneia do sono frequentemente não se lembram dessas pausas na respiração. Porém, eles sentem os efeitos deste problema durante o dia, incluindo fadiga crônica e dor de cabeça.
Síndrome das pernas inquietas (SPI)
A SPI é um distúrbio neurológico caracterizado por uma vontade incontrolável de mover as pernas. Geralmente, a pessoa se sente desconfortável se permanece imóvel, principalmente ao dormir.
Ao sentir esse desconforto, que é uma sensação que piora durante a noite ou em momentos de repouso, a pessoa se movimenta para aliviá-lo.
A SPI pode levar a dificuldades significativas tanto para iniciar o sono quanto para manter o sono ininterrupto ao longo da noite.
Narcolepsia
Diferente de outros distúrbios do sono, a narcolepsia não é a falta de sono ou a dificuldade para dormir, mas uma sonolência diurna excessiva e ataques súbitos de sono.
Esses ataques súbitos e a sonolência ocorrem independentemente da quantidade de sono noturno. Portanto, mesmo quem dormiu a noite inteira pode apresentar esse problema durante o dia.
A narcolepsia pode incluir, ainda, a cataplexia (perda súbita de controle muscular), alucinações hipnagógicas ao adormecer ou despertar, e paralisia do sono.
A narcolepsia é um distúrbio crônico e pode ter um impacto significativo na vida diária.
Parassonias
As parassonias são, na verdade, um grupo de distúrbios. Elas incluem comportamentos anormais durante o sono, como sonambulismo, terrores noturnos e pesadelos.
Diferentemente de outros distúrbios do sono, as parassonias estão mais relacionadas às fases do sono e frequentemente ocorrem durante o sono não-REM.
Distúrbio do ritmo circadiano
Esses distúrbios ocorrem quando o relógio interno do corpo, que dita ciclos de sono-vigília, se torna dessincronizado em relação ao ciclo natural de luz e escuridão.
Essa dessincronização é frequente em profissionais que trabalham à noite, pessoas que enfrentam jet lag, ou seja, viajam para locais em que o fuso horário é muito diferente do lugar onde vivem.
No entanto, atualmente, essa dessincronização em relação ao ciclo circadiano é muito comum e causada por hábitos de vida irregulares.
Maratonar sua série favorita até tarde da noite, não se expor à luz do sol pela manhã, ficar o dia inteiro em ambientes fechados e não reduzir luzes e ruídos a partir do anoitecer favorecem o surgimento da insônia e sonolência diurna excessiva.
Causas comuns dos distúrbios do sono
As causas dos distúrbios do sono são multifatoriais. Portanto, elas podem incluir aspectos psicológicos, como estresse e ansiedade, condições médicas, como refluxo ácido, asma, e doenças da tireoide.
Porém, em muitos casos, os distúrbios do sono estão diretamente relacionados ao estilo de vida. Exposição à luz azul de telas antes de dormir, consumo de cafeína e álcool e sedentarismo estão entre os principais fatores.
Infelizmente, na atualidade, poucas pessoas buscam compreender essas causas. Assim, diante de distúrbios do sono, elas recorrem imediatamente a remédios, como o Zolpidem.
Os dados são preocupantes: nos últimos 10 anos, o consumo de medicamentos para dormir aumentou em quase 700%.
Embora realmente o remédio seja indispensável em alguns casos, essa não deveria ser a primeira alternativa para solucionar esses distúrbios.
Em primeiro lugar, é fundamental compreender as causas desses distúrbios e corrigir os hábitos que desajustam o nosso relógio biológico, implementando uma rotina de higiene do sono.
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