Você já parou para pensar que, após os 60 anos, poucas pessoas não têm pelo menos uma doença como diabetes, hipertensão arterial, artrite ou artrose, problemas cardíacos e câncer, entre outras?
Mas será que essas doenças surgem de repente? É possível que o ser humano tenha um prazo de validade que, quando expirado, impacta na saúde? Neste artigo, você vai descobrir a verdade sobre esse assunto e entender os riscos da inflamação crônica.
Você realmente é saudável?
Talvez você esteja longe dos 50 ou 60 anos e, por isso, não está preocupado com as doenças crônicas. Afinal, elas geralmente são associadas às pessoas da terceira idade.
No entanto, essa visão não expressa a realidade. Mais da metade dos brasileiros acima de 18 anos já recebeu o diagnóstico de alguma doença crônica. Em 2003, esse percentual era de 29%. Portanto, esses problemas de saúde estão afetando a população cada vez mais cedo.
Mas não podemos negar que, à medida que a idade avança, o problema se torna cada vez mais frequente. Quase a metade das pessoas acima dos 65 anos acumula dois diagnósticos de doenças crônicas ou mais.
Apesar desses números assustadores, o brasileiro se considera saudável. Isso mostra que grande parte da população apenas se conscientiza da doença quando ela se torna incapacitante, quando prejudica drasticamente sua qualidade de vida.
É nesse ponto que reside um grande erro. Embora o diagnóstico de doenças crônicas seja mais comum na terceira idade, é importante entender que esses problemas não surgem de repente. A pessoa não dorme saudável em um dia e acorda diabética ou com câncer no outro.
O processo de desenvolvimento dessas doenças é lento. Em alguns casos, como o Alzheimer, o processo pode se iniciar até 20 anos antes da primeira manifestação de sintomas.
Por isso, mesmo uma pessoa que se considera bastante saudável pode estar desenvolvendo essas doenças neste exato momento. Então, o que fazer? Esperar a idade chegar e os sintomas aparecerem? Com certeza, essa não é a alternativa mais eficaz.
É preciso prevenir as doenças crônicas desde agora. Como fazer isso? Entendendo e combatendo suas causas.
A compreensão do estado de inflamação crônica é um dos principais recursos para a prevenção. Entenda mais sobre esse tema tão perigoso a seguir.
O que é a inflamação crônica?
Todo tipo de inflamação é uma resposta do organismo àquilo que ele interpreta como uma ameaça. Pode ser um vírus, uma bactéria, um arranhão, um corte (mesmo cirúrgico) etc.
Essa reação do organismo tem o objetivo de restabelecer a normalidade em alguns dias. Trata-se da inflamação aguda. Muitas vezes, é exatamente o que acontece.
No entanto, em muitos casos nós agredimos o nosso organismo constantemente, mesmo sem termos consciência dessas agressões. São agressões “leves”, mas contínuas.
Nesse caso, o organismo também desenvolve um processo silencioso de inflamação. Porém, como a agressão não cessa (ao contrário de um corte), a resposta também se prolonga ao longo de meses ou anos. Trata-se da inflamação crônica.
O que causa a inflamação crônica?
A inflamação crônica tem o objetivo de reparar danos causados ao corpo. Mas que danos são esses? Existem diversos fatores na vida moderna que obrigam o organismo a produzir esse tipo de resposta. Saiba quais são eles:
- Falha em eliminar os agentes que causam inflamação aguda, como vírus, bactérias, fungos e parasitas. Quando esses elementos são mais fortes que a nossa defesa, eles resistem ao processo de eliminação e danificam os tecidos do corpo por um período extenso.
- Exposição a substâncias ou materiais irritantes que não podem ser eliminados pelos processos normais do organismo, como alguns compostos químicos industriais (um exemplo é o pó de sílica).
- Desordens do sistema imunológico, que não consegue identificar corretamente o que deve eliminar do organismo e, de forma equivocada, ataca os tecidos saudáveis do organismo. Esse processo causa doenças como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico.
- Defeitos nas células que mediam as inflamações ou inflamações recorrentes.
- Episódios frequentes de inflamação aguda, causadas pelos fatores que nós já mencionamos.
- Estresse oxidativo e disfunções mitocondriais causadas por indutores inflamatórios e bioquímicos. Eles aumentam a produção de moléculas de radicais livres, cristais de ácido úrico, lipoproteínas oxidadas, homocisteínas e aumentam a quantidade de substâncias produzidas a partir do aumento da glicose.
A verdade é que a maioria de nós não está sujeita à exposição às substâncias químicas industriais perigosas que levam a esse quadro inflamatório. Os defeitos nas células que mediam as inflamações também não são tão comuns.
Embora a sexta alternativa seja a mais difícil de entender, pelo menos para maioria das pessoas que não têm uma formação na área de saúde, ela representa o fator mais comum para o desenvolvimento de inflamações crônicas.
Em outras palavras, o que essa alternativa significa é que, com os nossos hábitos, nós produzimos substâncias que danificam as nossas células. Aos poucos, os tecidos do corpo e até mesmo órgãos completos começam a sofrer lesões. Surge a inflamação crônica, que não dá sinais a princípio, mas que termina no desenvolvimento de doenças crônicas.
As doenças crônicas, por sua vez, são a principal causa de morte atualmente. Somente os problemas cardiovasculares são responsáveis por 30% dos óbitos, e ainda temos o diabetes, a doença obstrutiva crônica pulmonar, bronquites, enfisemas e asma, câncer, cirrose e outras doenças do fígado.
A inflamação crônica ainda é apontada como a causa de outras doenças que, embora menos letais, afetam muito a qualidade de vida da população. Alguns exemplos são a artrite e outros problemas reumáticos, bem como as alergias.
O que fazer para não viver em estado de inflamação crônica?
Se a inflamação é causada quando o organismo se sente agredido, o segredo para não provocá-la é eliminar esses fatores de agressão. Em resumo, mudar hábitos.
A Harvard Health Review destaca, em um de seus artigos, três ações fundamentais para prevenir a inflamação: comer certo, movimentar-se e dormir.
É impressionante como o que as pesquisas mostram coincidem com os fatores de saúde ou remédios naturais que a Clínica & SPA Vida Natural incentiva há 40 anos.
Segundo essas pesquisas, diversos alimentos inibem a resposta inflamatória. Eles também reduzem a chance de desenvolver problemas relacionados a essa condição como doenças cardíacas, obesidade e câncer.
Entre esses alimentos estão aqueles que são ricos em antioxidantes como as as frutas vermelhas, cebolas, e vegetais de cor verde escura. Alguns exemplos são couve e espinafre.
Por outro lado, produtos alimentícios que estimulam a resposta inflamatória também são bem conhecidos. Infelizmente, nas últimas décadas eles passaram a fazer parte do hábito alimentar do brasileiro. Consequentemente, os índices dessas doenças aumentaram.
O artigo reforça a ideia de que é preciso reduzir ou eliminar açúcar, refrigerantes, carnes (especialmente as processadas, embutidas) e carboidratos refinados da dieta. Ao provocarem um pico nos níveis de açúcar do sangue, eles estimulam a resposta exagerada do organismo.
Além disso, o exercício é conhecido como um dos fatores que protegem o organismo contra a inflamação crônica. Apenas 20 minutos de caminhada moderada na esteira já são suficientes para observar o efeito anti-inflamatório. O aumento desse tempo ou da intensidade traz ainda outros benefícios.
Finalmente, dormir também é um importante aliado para combater a inflamação. Nossas horas de sono precisam ser consideradas sagradas, já que elas provocam um resultado imediato na nossa disposição e um impacto ainda maior a médio e longo prazo.
Entendeu o que é a inflamação crônica? Quer conhecer os fatores de saúde que a Clínica & SPA Vida Natural ensina e que podem ajudar você a combater esse problema? Clique no banner abaixo e leia o artigo completo!