A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma doença grave e cada vez mais presente na vida das pessoas. Segundo o Ministério da Saúde, 24,7% da nossa população, ou seja, 1 em cada 4 brasileiros, sofre as consequências dessa doença.
Apesar de geralmente silenciosa, a hipertensão arterial está associada às principais causas de mortalidade no Brasil. Por isso, preveni-la é essencial. Neste artigo, você vai descobrir quais são as causas dessa doença, como evitá-la e o método mais efetivo para o tratamento. Confira!
O que é a hipertensão arterial?
A hipertensão arterial é uma das doenças crônicas mais comuns entre a população brasileira. Portanto, trata-se de um problema de saúde não transmissível, que se desenvolve ao longo da vida e geralmente de maneira silenciosa.
Apesar de ser considerada uma doença silenciosa, a pressão alta é muito perigosa. Ela aumenta significativamente o risco de infartos, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e insuficiência cardíaca. Assim, a hipertensão arterial está relacionada às principais causas de mortalidade no Brasil, além de outros problemas graves como insuficiência renal e aneurisma.
Como a hipertensão arterial acontece?
Naturalmente, o sangue exerce uma força sobre as paredes dos vasos sanguíneos por onde ele passa. Essa força é chamada de pressão arterial. Por sua vez, as artérias também oferecem uma resistência ao fluxo sanguíneo. A pressão sanguínea é determinada pelo “duelo” entre essas duas forças.
O nível ideal de pressão arterial é de 120 mmHg de pressão máxima e 80 mmHg de pressão mínima. Os profissionais de saúde referem-se a ele como 12/8 (doze por oito). Porém, nem todas as pessoas conseguem se manter nessa faixa recomendada e mesmo assim vivem tranquilamente. No entanto, para não comprometer a saúde, a pressão arterial não deve ultrapassar os 135/85 mmHg.
Em muitas pessoas, a pressão arterial ultrapassa esses valores normais na maior parte do tempo. Assim, quando a medida é predominantemente igual ou superior a 14/9, ou 140 x 90 mmHg, o indivíduo é diagnosticado como hipertenso.
Quando a pressão sanguínea é muito alta, as artérias por onde o sangue passa são agredidas. Como consequência, elas se tornam mais rígidas e estreitas. Assim, a circulação é dificultada e o estreitamento facilita o acúmulo de gorduras e placas que podem obstruir as veias e artérias.
Como a pressão alta coloca a saúde em risco?
Como você pode ver na ilustração, a passagem para o sangue se torna muito mais estreita quando a pessoa é hipertensa. Por isso, o primeiro órgão a sofrer prejuízos é o coração. Ele precisa fazer um esforço bem maior que o normal para distribuir o sangue por todo o organismo.
Além disso, quando os vasos sanguíneos ficam estreitos, eles acumulam gordura com maior facilidade. Assim, a pessoa se torna mais susceptível à formação de coágulos que podem entupir artérias. Se essa obstrução fechar acessos que levam o sangue ao coração, por exemplo, o indivíduo sofrerá um infarto.
Em outros casos, o coágulo se desprende das artérias e se desloca pelo sistema circulatório. Ele pode parar em qualquer vaso do corpo, mas muitas vezes seu destino é o cérebro. Dessa forma, ele obstruirá a circulação nesse órgão, causando um acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame.
Mesmo que a pessoa não chegue a ter um AVC, a hipertensão causa uma série de danos ao cérebro. Vasinhos muito estreitos ficam obstruídos e também ocorrem hemorragias de pequena extensão. Embora imperceptíveis, esses eventos destroem os neurônios (células do sistema nervoso). Esse quadro, conhecido como demência vascular, leva à perda de memória e outros prejuízos cognitivos.
Como o coração precisa fazer um esforço cada vez maior para bombear o sangue, ele também começa a se enfraquecer. Por isso, a hipertensão arterial é uma das causas importantes da insuficiência cardíaca, que é a incapacidade do coração para exercer suas contrações com a mesma força e eficiência.
Outra consequência perigosa da hipertensão arterial é o surgimento de lesões nas artérias dos rins. Devido a essa agressão, elas perdem progressivamente a capacidade de filtrar o sangue. Portanto, a pressão alta também aumenta as chances de insuficiência renal. Assim, a pessoa precisará recorrer a procedimentos como a hemodiálise ou transplante.
Como uma pessoa pode ser diagnosticada como hipertensa?
O diagnóstico da hipertensão arterial é feito a partir da medida da pressão com um aparelho chamado esfigmomamômetro. Felizmente, esse é um equipamento bastante acessível e é possível encontrar profissionais capacitados a aferir a pressão em farmácias, postos de saúde, clínicas e hospitais. É um procedimento bastante comum.
A hipertensão arterial pode se desenvolver de forma silenciosa durante muito tempo. Porém, existem alguns sinais de alerta que devem levar a pessoa a procurar um médico, que avaliará as condições gerais de saúde e, após uma análise clínica completa, poderá chegar a esse diagnóstico.
Os sintomas da pressão alta são:
- dores de cabeça;
- tontura;
- dores no peito;
- zumbido no ouvido;
- falta de ar;
- visão turva ou borrada.
Como evitar a pressão alta?
A predisposição genética é um dos fatores que leva ao desenvolvimento da pressão alta. Porém, como a Dra. Abigail Ballone, especialista em Alimentação Vegetariana e Medicina do Estilo de Vida ressalta, nossos genes determinam uma propensão, e não um destino.
Ainda segundo a médica, “a predisposição genética é como uma arma. Ela está ali e realmente pode até mesmo matar uma pessoa. No entanto, é o nosso estilo de vida que carrega essa arma e puxa o gatilho”. Portanto, a adoção de hábitos saudáveis consegue desativar os genes que favorecem o desenvolvimento da pressão alta, livrando o indivíduo de todas essas consequências.
Existem remédios para controlar a pressão alta. Porém, é importante destacar que eles não resolvem as causas do problema. Quando a pessoa opta por essa via de tratamento, ela precisará utilizar a medicação permanentemente, pelo resto de sua vida. Além disso, todo medicamento gera efeitos colaterais, que podem causar uma série de transtornos e incômodos.
No entanto, existem outras abordagens para o tratamento da hipertensão arterial. Uma delas, que é a Medicina do Estilo de Vida, utiliza os 8 remédios naturais — também conhecidos como fatores de promoção da saúde — e elimina as causas da doença. Esses princípios permitem não só controlar doenças específicas, mas principalmente viver mais e melhor.
Existem ainda alimentos que ajudam a controlar a pressão alta. O alho e a cebola, por exemplo, são conhecidos pelo seu efeito hipotensor. Da mesma forma, vegetais como o aipo, aveia, sementes de linhaça e alcachofra são especialmente benéficos para pacientes hipertensos.
No entanto, é importante destacar que não existem vegetais específicos ou chás milagrosos. A redução da pressão arterial por meio de recursos naturais acontece com a mudança no estilo de vida e envolve vários fatores: alimentação saudável, prática de exercícios físicos, respeito às horas de repouso, abstinência de substâncias prejudiciais, como o café, manutenção de um peso corporal adequado, consumo de água, entre outras medidas para restaurar a saúde como um todo.
Entendeu o que é a hipertensão arterial, como preveni-la e tratá-la? Quer saber mais sobre o assunto e aprender a viver livre dessa doença tão perigosa?
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Muito interessante
Que bom que gostou, José! Seja sempre bem-vindo à nossa página!
Muito bom artigo. Por gentileza, sou portador de DRC e minha pressão sistólica sempre sobe, principalmente a noite, indo até 17,0. Faço uso de Losartana Potássica 50 mg e de Pressat 5,0 ou 2,5 mg. Um cp de cada ao dia. Contudo, eles não conseguem estabilizar minha pressão, principalmente a sistólica. Que posso fazer ? Desde já sou grato.
Olá, Benito! Tudo bem?
Existem algumas recomendações para controle da pressão arterial. É importante reduzir ou evitar o consumo de sal, não fumar e beber, retirar gorduras de origem animal do cardápio, fazer exercício físico supervisionado, e assim por diante. Porém, você mencionou algumas necessidades especiais, como o fato de ser portador de DRC. Por isso, é importante realmente procurar o médico e realizar uma consulta onde todos os seus exames serão analisados e haverá uma prescrição de tratamento específica para o seu caso.