Embora seja menos frequente, o diabetes tipo 1 atinge um grande número de brasileiros. Seus sintomas aparecem ainda na infância e adolescência e, nesses casos, trazem uma série de implicações à vida de pacientes que ainda não entendem bem o problema, mas se veem cercados de restrições alimentares.
E você, tem diabetes tipo 1 ou convive com pessoas que receberam esse diagnóstico? Quer entender melhor quais são as causas da doença, os cuidados que o paciente deve tomar e o tratamento mais adequado? Então, continue a leitura do artigo e tire suas dúvidas!
O que é o diabetes?
Há dois tipos diferentes de diabetes. Porém, nessas duas condições clínicas, o organismo tem uma mesma dificuldade: realizar os processos que envolvem o hormônio responsável por transformar a glicose que ingerimos em energia — a insulina. Assim, o açúcar permanece no sangue e não consegue entrar nas células.
Vamos explicar essa doença de uma forma mais simples. Pense nas células do seu corpo como minúsculos carros. Para elas funcionarem, precisam de um combustível que proporcione energia. Esse combustível é a glicose (açúcar) que ingerimos por meio da alimentação.
Porém, para que cada um desses minúsculos carros receba esse combustível, é necessário abrir a “porta do tanque”. A chave que a destrava é justamente a insulina.
No caso do diabético, podem acontecer dois problemas diferentes. Em alguns casos, simplesmente não há insulina. É como se a bomba de combustível estivesse com seu bico quebrado. Em outros pacientes, o problema é diferente. Existe insulina, mas a “porta do tanque” está emperrada.
Em qualquer uma dessas situações, o resultado é o mesmo: a glicose não consegue entrar, deixando o corpo sem energia para trabalhar.
Atualmente, há mais de 13 milhões de diabéticos no Brasil, ou seja, quase 7% da nossa população. Mais de 50% das pessoas têm um diagnóstico acidental. Isso significa que elas não tinham sintomas evidentes da doença, que foi descoberta em exames de rotina ou realizados para outros propósitos. Enquanto isso, o organismo era prejudicado silenciosamente.
Qual é a diferença entre o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2?
O diabetes tipo 1 acontece quando o sistema imunológico tem uma reação inadequada. As células de defesa, que deveriam proteger o organismo, atacam e destroem as células beta do pâncreas. Assim, esse órgão não consegue produzir a insulina necessária para que a glicose dos alimentos seja transformada em energia e utilizada pelo corpo.
Portanto, quando a pessoa tem diabetes tipo 1, seu organismo fica sem combustível para oferecer às outras células. A glicose que não foi utilizada da maneira correta se concentra no sangue e causa degenerações crônicas. Olhos, rins, coração, nervos e vasos sanguíneos estão entre os principais órgãos afetados.
Muitas vezes, o diagnóstico acontece meses ou mesmo anos após o início desse processo de destruição das células beta. Assim, quando o paciente descobre a doença, 70 a 90% delas já foram danificadas. Portanto, é importante que as pessoas conheçam os primeiros sinais do diabetes para identificá-los e procurar ajuda médica imediatamente.
Embora alguns adultos recebam o diagnóstico de diabetes tipo 1, a doença geralmente aparece ainda na infância ou adolescência. Por isso, por muito tempo ela também foi chamada de diabetes juvenil e traz uma série de complicações e restrições à vida de pessoas jovens.
Já no diabetes tipo 2, existe um outro processo que não deixa a glicose chegar à célula e ser usada como fonte de energia. Trata-se da resistência a insulina, que é um tema que trataremos em outro artigo. É como se aquela porta do tanque ficasse emperrada e a insulina não conseguisse abri-la, deixando o organismo sem combustível e causando todos os efeitos do excesso de açúcar no sangue.
Quais são as causas do diabetes tipo 1?
O diabetes tipo 1 é uma doença crônica não transmissível genética. O fato de os primeiros sinais dela aparecerem ainda na infância e adolescência indicam que se trata de uma patologia hereditária. Ela é mais comum também em pessoas que têm parentes próximos diagnosticados. Por isso, quem tem a doença na família deve fazer exames com uma certa frequência.
Quais são os sintomas de diabetes tipo 1?
É muito importante que as pessoas conheçam os sintomas do diabetes tipo 1. Dessa forma, elas conseguirão identificar os primeiros sinais e buscar tratamento nos estágios iniciais da doença, evitando uma destruição ainda maior das células beta do pâncreas.
Então, confira que sintomas são esses:
- fome frequente;
- sede constante;
- perda de peso;
- vontade de urinar muitas vezes ao dia;
- fadiga e fraqueza;
- mudanças de humor;
- náusea e vômito.
Como falamos, o diabetes tipo 1 é mais frequente em crianças e adolescentes até os 14 anos. Portanto, é importante ficar atento à ocorrência frequente desses sinais e, caso eles sejam constatados, procurar o médico para um possível diagnóstico e início do tratamento.
Como é o tratamento do diabetes tipo 1?
O diagnóstico tardio do diabetes tipo 1, ou seja, o fato de muitos pacientes só descobrirem a doença depois que uma grande parte das células beta foram destruídas, faz com que o pâncreas perca a capacidade de produzir a quantidade adequada de insulina.
Por isso, vários pacientes se tornam dependentes da aplicação de insulina. Ao ser injetado no sangue, esse hormônio consegue fazer com que a glicose entre nas células e seja utilizada para fornecer energia. Assim, os níveis de açúcar na corrente sanguínea diminuem.
É importante destacar que o médico é o único profissional capaz de avaliar se o paciente realmente precisa de insulina e qual é a dosagem adequada para ele. Caso prescrito, o medicamento deve ser utilizado rigorosamente, de acordo com as instruções oferecidas.
Porém, o paciente diabético precisa tomar outros cuidados com a saúde. Ele também deve seguir um planejamento alimentar adequado que preveja o controle do uso de carboidratos para diminuir a ingestão de glicose, reduzindo os níveis dessa substância no sangue. A prática de exercícios físicos também é altamente recomendada.
Parar de fumar é outra medida muito importante para os pacientes diabéticos, independentemente do tipo da doença. O cigarro já diminui o fluxo sanguíneo e a oxigenação das células, o que acelera o surgimento e agravamento de todos os problemas associados a essa patologia.
A verdade é que o corpo humano é um sistema complexo. O controle dos níveis de açúcar no sangue vai muito além de medicamentos e envolve uma mudança de hábitos capaz de restaurar plenamente a saúde. Por isso, falaremos dos recursos para o tratamento do diabetes em um artigo completo sobre esse tema.
Entendeu o que acontece no corpo dos pacientes com diabetes tipo 1 e por que eles têm níveis altos de açúcar no sangue? Quer saber mais sobre os métodos de tratamento? Então, não perca tempo! Assine a nossa newsletter e receba essas informações diretamente em seu e-mail ou WhatsApp!