Nos últimos anos, a população em geral obteve uma grande conquista: viver mais. Porém, adicionar anos à própria existência sem cuidar dos neurônios pode prejudicar a qualidade de vida ao longo das décadas. Saiba mais neste artigo.
Não queremos apenas viver mais. Nosso desejo é ter uma vida longa, mas com qualidade: saúde, autonomia, boa memória, mobilidade, comunicação e raciocínio afiado, não é mesmo?
Isso é possível e um dos segredos da longevidade saudável é o cuidado com os nossos neurônios. Você sabe o que são eles, quais são as suas funções, o que prejudica seu funcionamento e o que os mantêm ativos por muitos e muitos anos?
Se você tem dúvidas a respeito deste assunto e quer aprender a cuidar dos seus neurônios, continue neste artigo!
O que são neurônios?
Os neurônios são as principais células do sistema nervoso, essenciais para todas as suas funções. Tudo o que acontece em nosso corpo, direta ou indiretamente, depende da ação dos neurônios.
Eles se distinguem de outras células por sua capacidade de comunicar-se rapidamente e com precisão, recebendo estímulos do ambiente e do próprio organismo (visão, audição, cheiros, temperatura, dor) ou enviando ordens a outras partes do corpo.
Cada neurônio é composto por três partes principais:
- o corpo celular, que contém o núcleo e os organelos que sustentam as funções vitais da célula;
- os dendritos, que são extensões curtas que recebem mensagens de outros neurônios;
- o axônio, uma longa fibra que transmite impulsos elétricos para outras células.
Algumas fibras axonais estão revestidas por uma camada de uma substância chamada mielina. Ela isola o axônio, como se fosse a capa de um fio e, desta forma, acelera a transmissão dos sinais elétricos.
Os neurônios se conectam uns aos outros através de pontos chamados sinapses, onde ocorre a troca de informações químicas ou elétricas, possibilitando uma vasta rede de comunicações no cérebro e por todo o sistema nervoso.
O que acontece quando os neurônios adoecem?
Quando nossos neurônios perdem sua capacidade de funcionar com eficiência, o corpo sofre uma série de consequências. Diversas doenças estão relacionadas a problemas com neurônios:
Doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer se caracteriza pela perda progressiva de neurônios, especialmente no córtex cerebral, levando a sintomas como perda de memória, confusão e mudanças de comportamento.
Doença de Parkinson
A doença de Parkinson envolve a degeneração de neurônios dopaminérgicos no cérebro, o que afeta o movimento. Por isso, ela causa tremores, rigidez e dificuldade na coordenação motora.
Esclerose múltipla
Esta doença ataca a mielina, ou seja, aquela camada protetora que se forma ao redor dos axônios. Por isso, a transmissão dos sinais nervosos se torna imprecisa, causando problemas relacionados ao equilíbrio, fala, movimento e sensações.
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
Na Esclerose Lateral Amiotrófica, o paciente perde progressivamente seus neurônios motores, levando a dificuldades de movimento, fala, deglutição e, eventualmente, respiração.
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
O AVC, popularmente conhecido como derrame, não é causado por um problema nos neurônios. Porém, quando ele acontece, ele causa a morte de uma grande quantidade dessas células.
Os neurônios, como todas as nossas células, dependem de oxigênio e nutrientes para sobreviver. Quando ocorre um AVC, o fluxo de sangue para determinadas regiões do cérebro é interrompida, causando a morte de neurônios.
Como resultado, a pessoa perde as funções referentes à área afetada do cérebro. Então, ela pode ter paralisia (total ou parcial), dificuldades de fala, perdas motoras etc.
Epilepsia
Esta doença é caracterizada por atividade neuronal anormal que leva a convulsões recorrentes. Esta condição pode decorrer de danos aos neurônios ou desordens no modo como os neurônios se comunicam.
Depressão e transtornos de ansiedade
Vários transtornos mentais também estão ligados a desequilíbrios na produção e captação de neurotransmissores, que são substâncias usadas pelos neurônios para se comunicarem.
No caso da ansiedade, por exemplo, sabemos que o paciente tem baixos níveis de serotonina, de ácido gama-aminobutírico (GABA), aumento na produção de noradrenalina e desregulação da dopamina.
Como cuidar dos neurônios?
Você já percebeu que problemas relacionados aos neurônios são responsáveis por grande parte das doenças incapacitantes que surgem à medida que envelhecemos. Por isso, cuidar bem deles é o segredo para uma longevidade ativa e saudável.
Veja, a seguir, o que beneficia e prejudica os nossos neurônios:
Dieta balanceada
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